1/19/2010

Desconstruindo o fim

O desconserto no
avesso do apreço
engole o aperto no peito
antes e distante
de longe sorridente
a alma descontente
o sentimento discorrente
de tudo além dos dentes
amarelados e envergonhados

esses sussurros entristecidos ecoam
nas esquinas e quase silente um grito:
socorro!
mereço um concerto
desconcertado em marcha-ré
um conserto do certo
incerto da vida que nada colore
quando o incolor constrói

pois bem!
nada destrói o amor
sinto por sentir
aconteço devagar
venho para ficar
sublime, incerto
desconstruo o fim
a fim de construir bons sonhos
ao final ser por fim um ser
quase incompleto.